O termo “meditação” engloba um grande número de técnicas voltadas à tranquilização da mente. Para citar apenas algumas das mais conhecidas, temos a meditação de atenção plena, meditação transcendental, meditação zen budista (zazen), entre outras. O que os diferentes tipos de meditação têm em comum é o objetivo de integrar mente e corpo em um momento presente, com consciência plena e livre de julgamentos.
E as pesquisas científicas já comprovam: a meditação pode sim auxiliar no combate de transtornos psicológicos como ansiedade e depressão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 2017 um relatório preocupante sobre a saúde mental no Brasil. De acordo com a publicação, mais de 11 milhões de brasileiros sofrem com depressão, o que representa 5,8% da população. Os números são ainda mais assustadores quando o assunto é ansiedade: 19 milhões (9,3% da população) foram diagnosticados com a doença.
Em um cenário como esse, percebe-se a importância do papel que a prática meditativa pode desempenhar. E a ciência já sabe disso. Um estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, comprovou que a meditação pode ajudar a aliviar sintomas de transtornos psicológicos.
Os autores da pesquisa revisaram 47 estudos clínicos já realizados sobre a meditação e que, ao todo, tiveram participação de mais de 3500 indivíduos. Ao cruzar dados de diferentes pesquisas, os investigadores conseguiram comprovar os efeitos da meditação como ferramenta capaz de aliviar sintomas de ansiedade, depressão e até mesmo dores crônicas.
O mesmo estudo aponta outro dado bastante interessante: a meditação apresenta efeitos similares aos dos antidepressivos, porém não possui os efeitos colaterais apresentados por muitos medicamentos desse tipo. Na prática, isso significa que a meditação pode ajudar a combater sintomas de ansiedade e depressão sem causar nenhuma reação adversa ao organismo.Ainda de acordo com a pesquisa, os médicos devem prestar atenção nos benefícios que as práticas meditativas podem proporcionar aos pacientes. O desafio daqui para a frente é romper com eventuais preconceitos, pois a meditação já provou cientificamente sua utilidade para a medicina e para a humanidade.