Os conhecimentos da Epigenética nos ensinam que é o seu estilo de vida que ativa ou não alguns genes que podem fazer surgir várias doenças, em especial o câncer.
Ela pode ser definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência do DNA.
Por muitos anos, considerou-se que os genes eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra. Entretanto, esse conceito tem mudado e hoje os cientistas sabem que variações não-genéticas (ou epigenéticas) adquiridas durante a vida de um organismo podem frequentemente serem passadas aos seus descendentes.
A adição de um grupo metila à molécula de DNA (processo chamado metilação) leva ao silenciamento de diversos genes, tendo um profundo impacto sobre a forma e a função das células e organismos, sem alterar o DNA correspondente.
A metilação, e consequentemente, o silenciamento de genes num determinado período do ciclo celular ou em determinados tipos celulares faz parte da estratégia evolutiva que culminou com o bom funcionamento celular (conhecido por homeostase) e de um organismo sadio.
O epigenoma (DNA metilado), pode mudar rapidamente em resposta aos diversos sinais que a célula pode receber. Nesse sentido, através da herança epigenética um organismo pode ajustar a expressão gênica de acordo com o ambiente onde vive, sem mudanças no seu genoma.
Portanto, hábitos de vida e até de pensamento podem mudar a expressão do seu DNA, através da metilação como se fosse “um interuptor de luz que vc liga ou desliga” aquele gene . E mais importante que isso, podem ser transmitidos a sua prole. Então, antecedentes familiares de Câncer, por exemplo, podem ser atenuados dependendo de seus hábitos e isso ser transmitido aos seus filhos!
A única forma real de prevenir doenças então seria através de modificações no estilo de vida e consequentemente do ambiente celular e do terreno biológico daquele indivíduo relacionado a um planejamento alimentar adequado, atividade física regular, evitar o tabagismo e o excesso de álcool, a manutenção da estabilidade emocional e gestão do estresse, pensamentos e emoções, sono saudável, etc …
Não somos reféns da nossa genética! Nosso livre arbítrio e nossas escolhas regem nossa vida.
Podemos então dizer que “a Genética carrega o revólver mas quem puxa o gatilho é você. ”
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