Pessoas viciadas em açúcar deveriam ser tratadas da mesma maneira que dependentes de drogas, revela uma pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália. Os efeitos do açúcar no cérebro são parecidos com o mecanismo responsável pelo vício em cocaína, conclui o estudo. Vários trabalhos mostram que o consumo excessivo de açúcar eleva os níveis de dopamina no organismo de forma similar ao que acontece com a cocaína. A ingestão frequente do produto por longo período, porém, acaba levando a uma redução na produção de dopamina pelo corpo. Com isto, a pessoa sente necessidade de consumir ainda mais açúcar, para alcançar os níveis anteriores de dopamina e evitar estados de depressão. O mesmo ocorre com dependentes de cocaína.
A dopamina é uma substância neurotransmissora que atua, entre outras coisas, no controle da sensação de prazer. Ou seja, quando o cérebro libera dopamina, o indivíduo se sente bem. “O consumo prolongado do açúcar causa o efeito contrário na produção de dopamina, fazendo o corpo produzir menos da substância. Isto leva a pessoa a comer mais”, diz a neurocientista Selena Bartlett, da Universidade de Queensland. “Também descobrimos que, além de um risco maior de sobrepeso, animais que mantém consumo alto de açúcar e comem compulsivamente na fase adulta enfrentam consequências neurológicas e psiquiátricas, afetando o humor e a motivação”. Diferentes estudos já mostraram que o consumo de açúcar está diretamente ligado ao sobrepeso e à diabetes. Um relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que o número de diabéticos no mundo aumentou de forma assustadora. No Brasil, uma em cada cinco pessoas consome doces cinco ou mais vezes por semana, e 7,4% da população adulta no país já foi diagnosticada com diabetes. Além disso, o planeta tem cerca de 640 milhões de pessoas obesas.
Proponha-se ao DETOX do açúcar !!! Desafio: 30 dias sem ingestão de açucares ou produtos adoçados. Em geral notamos que as duas primeiras semanas são as mais difíceis e que progressivamente o corpo vai perdendo essa “necessidade do açúcar”. Quem topa o desafio?